Sunday, November 3, 2024

Irã faz ataque surpresa em navio português por suposta ligação com Israel

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Um navio de carga português, o MSC Aries, foi surpreendentemente atacado perto do Estreito de Ormuz, uma região estratégica entre os Emirados Árabes Unidos e o Irã. Segundo informações do Notícias ao Minuto Brasil, a agência britânica de operações comerciais marítimas (UKTMO) foi a primeira a relatar o incidente.

Um vídeo do ataque foi compartilhado com a Associated Press pela UKTMO. As imagens mostram militares descendo de um helicóptero e invadindo rapidamente o navio de carga no Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico.

Inicialmente, a agência norte-americana informou que o MSC Aries, associado à empresa internacional Zodiac Maritime, parte do grupo do bilionário israelense Eyal Ofer, teria sido o alvo do ataque. A Zodiac, no entanto, recusou-se a comentar e direcionou todas as perguntas para a MSC, que ainda não se pronunciou.

Posteriormente, a agência de notícias estatal iraniana IRNA confirmou o ataque a um navio no Estreito de Ormuz, suspeito de ter sido realizado pela Guarda Revolucionária, uma força paramilitar iraniana conhecida por realizar ataques semelhantes no passado.

A agência de notícias Tasmin, ligada à Guarda Revolucionária, confirmou que o navio atacado foi o MSC Aries, referindo-se a ele como um navio “associado ao regime sionista”. O MSC Aries foi visto pela última vez perto de Dubai, rumo ao Estreito de Ormuz, na sexta-feira (12). O navio desligou seus dados de rastreamento, prática comum entre navios afiliados a Israel que navegam pela região.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mencionou na sexta-feira que espera um possível ataque do Irã a Israel em breve. “Não quero dar informações que não sejam seguras, mas a minha expectativa é que seja mais cedo do que tarde”, afirmou Biden, citado pela agência France-Presse.

Tudo começou há alguns dias, quando um ataque em Damasco, na Síria, resultou na morte de várias pessoas, incluindo um general iraniano. Teerã prometeu uma resposta, acusando Tel Aviv de ter realizado o ataque.

Como resultado, na terça-feira, o chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Reza Tangsiri, alertou que o Irã pode bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do tráfego marítimo de petróleo bruto, se o “inimigo” pressionar o país persa. “Podemos fechar o Estreito de Ormuz, mas não o fazemos. No entanto, revisaremos nossa política se o inimigo nos pressionar”, disse Tangsiri à agência de notícias estatal ISNA. No Irã, o termo “inimigo” é frequentemente usado para se referir aos Estados Unidos ou Israel.

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