Thursday, October 10, 2024

Facção brasileira comandava crimes e golpes na Europa

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foto: Unsplash

Ministério Público português acusou 29 brasileiros que integravam quadrilha internacional formada para simular páginas de bancos e transferir dinheiro dos clientes

A acusação de 29 brasileiros, 30 portugueses e 12 africanos foi feita pela direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) de Faro. 

“Parte dos acusados pertence à organização criminosa brasileira e se dedicava à captura de dados e códigos de acesso a contas bancárias (…) para subtrair dinheiro”, informou o MP. 

Os suspeitos foram acusados pelo DIAP de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade informática. 

De acordo com o MP, que baseou a acusação em investigação da Polícia Judiciária (PJ), a quadrilha criava uma falsa página de um banco na internet para enganar clientes. 

“Quando a vítima acessava, dados eram capturados (…) os suspeitos entravam na conta bancária da vítima através da página verdadeira do banco e programavam transferência para a conta bancária de um acusado ligado à organização”, explicou o MP. 

Na sequência, os criminosos telefonavam para a vítima como se fossem funcionários do banco. Pediam um código que iriam enviar por telefone para cancelar a transferência. 

Quando a vítima informava o código, na verdade estava dando a confirmação que permitia aos criminosos fazer a transferência e lavar o dinheiro. 

“O dinheiro circulava por várias contas bancárias entre Brasil e Portugal de modo a ser branqueado (lavagem)”, informou o MP. 

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Fotos: Polícia Judiciária para Portugal Giro

A investigação suspeita que os computadores usados no golpe possam estar localizados em um país fora da União Europeia, mas o MP não especificou. 

O sucesso do golpe estava concentrado na rapidez que as operações eram feitas a partir destes computadores internacionais e na encenação do falso contato telefônico do banco. 

A organização estava dividida em três funções: o técnico de informática, o “ator” que assumia o papel de funcionário bancário e criminosos que cediam suas contas para lavar o dinheiro. 

Questionado, o MP ainda não informou o total do dinheiro obtido pelos criminosos com o golpe.

O Globo

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